quinta-feira, 16 de agosto de 2018

O que tem a ver o caso Ouro Verde-Vitale em Campinas com o caso da Funbepe de Pedreira? Analise e tire suas próprias conclusões

Em 23/7/16 o Correio Popular de Campinas publicou a matéria ,no link http://correio.rac.com.br/_conteudo/2016/07/campinas_e_rmc/440197-apos-26-anos-hospital-segue-sem-dono-e-em-ruinas.html    e abaixo, cujo trecho cita:
...Município, Estado e a Fundação Beneficente Pedreira (Funbepe), que gerencia o local desde a década de 1990, não informaram o valor gasto e o porquê da interrupção das obras....
Cita tambem que  na época, quem ocupava a pasta de Saúde do Estado era o atual secretário de Saúde de Campinas Carmino Antonio de Souza...



O vereador Turco de Pedreira em sessão na Camara de Pedreira no video https://www.youtube.com/watch?v=hlHEoA-LWok&feature=youtu.be, ver minuto 18:25 até 35:40 , cita o Sr Fernando Vitor que é o mesmo que foi preso em Campinas http://www.portalcbncampinas.com.br/2017/11/mp-investiga-indicio-de-superfaturamento-no-ouro-verde-e-prende-cinco-durante-operacao-no-estado-de-sp/

Mais dados:

FERNANDO VITOR TORRES NOGUEIRA FRANCO TECNICO DE ENFERMAGEM - número concurso/sele- ção: 01/2012
https://www.imprensaoficial.com.br/Certificacao/GatewayCertificaPDF.aspx?notarizacaoID=080c115b-efba-461a-b846-42c1eaf7befd

 70 TC-003798/026/06 Recorrente(s): Prefeitura Municipal de Pedreira, interventora da Fundação Beneficente de Pedreira – FUNBEPE - Hamilton Bernardes Junior – Prefeito à época. TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE SÃO PAULO Av. Rangel Pestana, 315 – Centro - CEP 01017-906 - São Paulo/SP-PABX: 3292-3215 Assunto: Contas anuais da Fundação Beneficente de Pedreira - FUNBEPE, relativas ao exercício de 2006. Responsável(is): Hamilton Bernardes Junior (Prefeito à época). Em Julgamento: Recurso(s) Ordinário(s) interposto(s) contra a sentença publicada no D.O.E. de 21-07-09, que julgou irregulares as contas, nos termos do artigo 33, inciso III, alínea “b”, da Lei Complementar nº 709/93. Acompanha(m): TC-003798/126/06. Fiscalização atual: UR-3 - DSF-I.
https://www4.tce.sp.gov.br/sites/default/files/images/20140511_-_pautaprimeira.pdf

Fundacao Beneficente de Pedreira - Funbepe
Sandra Aparecida Chiarini De Ugo é sócio, administrador ou dono da empresa Hospital e Maternidade Humberto Piva (Fundacao Beneficente de Pedreira - Funbepe).
CNPJ: 59.006.460/0001-70
Razão social: Fundacao Beneficente de Pedreira - Funbepe
Nome fantasia: Hospital e Maternidade Humberto Piva.
Endereço: R Henriqueta R Canesso, 161, Vila Canesso, Pedreira,
SP, CEP 13920-000, Brasil
Atividade econômica: Atividades de atendimento hospitalar, exceto pronto-socorro e unidades para atendimento a urgências (8610101).
Natureza jurídica: Fundação Privada (3069).
Data de abertura: 5/12/1989


Publicado 23/07/2016 - 17h38 - Atualizado 23/07/2016 - 21h49
Por Gustavo Abdel

O esqueleto de concreto de uma imponente construção localizada ao lado do Hospital Municipal de Pedreira revela a falta de planejamento e o descaso com o dinheiro público. Há 26 anos, as mulheres de Pedreira e região deveriam ganhar um Hospital da Mulher com estrutura de ponta, conforme prometido pelo então governador Luis Antônio Fleury. No entanto, depois de iniciada, a obra parou em menos de dois anos e desde então os “leitos” transformaram-se em depósitos de máquinas e mobiliário — e até em estacionamento.
Município, Estado e a Fundação Beneficente Pedreira (Funbepe), que gerencia o local desde a década de 1990, não informaram o valor gasto e o porquê da interrupção das obras. Já moradores relatam que o projeto apresentado na época previa cerca de 100 leitos. Mas por razões que ninguém sabe explicar, o projeto declinou, e alguns atribuem a falta de repasse de mais verba para a conclusão do hospital.

A reportagem do Correio esteve na obra inacabada esta semana e constatou a precariedade da estrutura, parada há mais de 20 anos. Funcionários disseram que nada mudou desde então, e em uma das salas abandonadas passou a funcionar a lavanderia que ficava dentro do prédio principal do hospital. Além dessa mudança pontual, o que se observa pelas das janelas sem proteção é um “mar” de macas, computadores, estantes e aparelhos médicos abandonados sem utilização. Na parte superior, não há muretas ou paredes, e carros de funcionários e ambulâncias estacionam muitas vezes rente a uma altura de aproximadamente 4 metros.
Jogo do empurra
O presidente do Funbepe na época da construção, Antonio Ganzarolli Filho, disse que faltou verba para finalizar a construção. Porém, não disse o valor que foi gasto ou quantas mulheres seriam atendidas no hospital. “Aquilo lá é um abacaxi tremendo (gerir um hospital). O dinheiro nunca chega para a saúde”, resumiu Ganzarolli, que é vereador pelo PMDB atualmente. O político sempre teve bom relacionamento com Fleury, e a destinação da verba para o novo hospital, segundo fontes, teria sido por causa da ligação de ambos.
Presidente da fundação entre 1997 e 1998, Carlos Laércio Zanini diz não se recordar dos trâmites do Hospital da Mulher. O assunto aparentemente não está entre os seus preferidos, e ele logo prefere encerrar a ligação. “Não sei de nada”, encerrou.
Na época, quem ocupava a pasta de Saúde do Estado era o atual secretário de Saúde de Campinas Carmino Antonio de Souza. A reportagem procurou o secretário na sexta-feira, mas a sua assessoria informou que ele está de férias. Recado foi deixado em sua caixa postal, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria.
“Não passou de uma obra que poderia alavancar o eleitorado de Fleury na nossa região. Mas depois da propaganda da construção a obra não andou”, expôs um morador de Pedreira, que na época fez parte do conselho da Funbepe. Na Prefeitura, por telefone, a assessoria de imprensa informou que o assunto é “muito antigo” e que não teria como ajudar com mais informações.
Parte burocrática é toda do Estado, afirma fundação
A atual presidente da Fundação Beneficente Pedreira, Sandra Ugo, informou por e-mail que não teria como informar os valores da obra e nem porquê ela teria parado. “É uma obra de 1990, do governo do Estado, à época Orestes Quércia; toda parte burocrática foi realizada por São Paulo, não tendo a participação do Município e da Funbepe”, justificou. Segundo ela, a fundação pleiteia atualmente junto ao governo federal verba destinada à adaptação de um novo Pronto-Socorro.
Quanto ao material depositado no esqueleto, a presidente garantiu que são materiais quebrados e que vão ser separados por lotes para Leilão de sucatas. Também apresentou cópias de comprovantes que mostram a dedetização do local. A Secretaria de Estado da Saúde, por sua vez, informou apenas que aquela obra tratava-se de aplicação de recursos municipais. A pasta informou que o Município não tem nenhuma pendência com o Estado.
Nas redes sociais, o prefeito de Pedreira Marcos Pollo (PT) escreveu que ficou assustado quando visitou o hospital logo que assumiu o Executivo. “Solicitei que realizassem todo levantamento necessário para dar baixa dos equipamentos e outros objetos acumulados. Esse processo não é rápido, porém foi sendo executado pelo responsável do setor de patrimônio, que conseguiu avançar muito”, divulgou.
http://correio.rac.com.br/_conteudo/2016/07/campinas_e_rmc/440197-apos-26-anos-hospital-segue-sem-dono-e-em-ruinas.html